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Qual é a resposta certa para “Quais são suas expectativas salariais?” – por Mariana Carvalho

Independentemente do setor em que você esteja atualmente, a pergunta “Qual é a sua expectativa salarial?” sempre surge.

 

Como mulher, devemos garantir que somos estratégicas ao responder a essa pergunta.

 

De acordo com um estudo recente do National Women’s Law Center (janeiro de 2023), as mulheres latinas e negras enfrentam uma diferença salarial significativa na América corporativa, ganhando menos do que os homens e outros grupos raciais e étnicos.

 

As mulheres latinas ganham 55 centavos e as mulheres negras ganham 63 centavos para cada dólar que os homens brancos não hispânicos e não latinos ganham.

 

Podemos pensar que muitos fatores contribuem para essa disparidade: discriminação, falta de acesso a oportunidades de ascensão profissional e segregação em diferentes ocupações.

 

Para resolver esses problemas, o governo e os empregadores precisam abordar, juntos, a equidade salarial para todos os gêneros.

 

Por exemplo, na área de Tecnologia, onde estou inserida, as mulheres na tecnologia também enfrentam uma diferença salarial significativa entre homens e mulheres. De acordo com um estudo do Centro Nacional para Mulheres e Tecnologia da Informação (NCWIT), as mulheres em ocupações de computação ganham 87 centavos para cada dólar ganho pelos homens, em média.

 

Essa lacuna é ainda mais significativa para as mulheres negras. Mulheres negras e latinas ganham apenas 79% e 74%, respectivamente, do que seus colegas homens brancos ganham em ocupações de computação.

 

As razões para essa lacuna incluem a falta de diversidade nas práticas de contratação e promoção e estereótipos e preconceitos que podem afetar a avaliação do trabalho das mulheres e limitar suas oportunidades de progresso.

 

Esses cenários são algumas das razões pelas quais é crucial que as mulheres saibam negociar seus salários desde o início.

 

 

Muitos de meus pupilos estão fazendo a transição para uma função técnica ou apenas começando na indústria de tecnologia.

Muitos ainda precisam adquirir habilidades para se preparar melhor para negociar um salário desde o início. Normalmente, a tecnologia tem empregos bem remunerados, que podem parecer muito mais do que eles acham que merecem ou irrealistas. Mas não é.

 

De fato, a indústria de tecnologia paga bem e, como uma mulher em tecnologia, você precisa saber como alavancar seu poder de falar e negociar.

 

 

Aguarde o recrutador

 

Eu sempre recomendo que meus pupilos não incluam nenhuma expectativa salarial nos formulários. Se for obrigatório, pesquise sites como Glassdoor ou 81cents (um site não tão popular, mas excelente que pode te ajudar com transparência salarial) para encontrar a faixa para aquele cargo na empresa, setor e região para o qual você está se candidatando. Você não precisa se sentir pressionado para respondê-la se não for obrigatório. Simples como é.

 

Se a pergunta for feita durante uma chamada de telefone ou vídeo, você pode responder: “Gostaria de entender melhor a faixa salarial para esse cargo antes de lhe dizer minha expectativa salarial”.

 

 

Como boa tática de negociação, você não deve dar a primeira “aposta”. Caso contrário, você ficará preso nesse número, e será difícil sair dessa faixa salarial.

Converse com outras pessoas

 

Outra boa estratégia é perguntar a seus amigos e colegas quanto eles ganham.

 

Eu sei que só algumas pessoas gostam de falar sobre salário. E está tudo bem, respeite se eles não quiserem compartilhar. Pessoalmente, acho que não deveria ser um tabu.

 

Se você tem um colega em quem confia, pergunte quanto ele ganha ou se ele sabe a faixa salarial para aquele cargo na empresa em que trabalha.

 

 

Avalie o quanto você está esperando

 

Você pode estar procurando uma mudança, um aumento de salário ou um aumento ou diminuição nas demandas de trabalho.

 

Independentemente da sua situação, responda primeiro a estas perguntas: “O que estou procurando? Qual é a faixa salarial que estou procurando? Qual é o tipo de trabalho que quero fazer para atingir esse salário?”.

 

 

Conhecer seus objetivos, alinhar suas habilidades com seus objetivos e aprender a contar sua jornada profissional por meio de uma história convincente ajudará você a negociar e se defender durante uma entrevista.

Negociando desde o início

 

As mulheres precisam negociar seu salário desde o início da jornada de carreira. Pequenas diferenças nos salários iniciais podem se acumular ao longo do tempo, resultando em disparidades nas carreiras das mulheres.

 

Essa também é uma das razões pelas quais as mulheres precisam discutir cuidadosamente suas expectativas salariais desde o início.

 

Falar e conversar com os recrutadores pode ajudar as mulheres a se posicionarem com confiança. O recrutador deve saber que a candidata conhece os problemas de desigualdade de gênero enfrentados pelas profissionais do sexo feminino. Abordar isso desde o início também pode ajudar as mulheres com sua confiança e autoestima.

 

Saber como negociar um salário justo é crucial para que as mulheres estabeleçam segurança financeira, avancem em suas carreiras e promovam a equidade de gênero no local de trabalho.

 

Caso você queira planejar para negociar o seu salário e precise de ajuda ao fazê-lo, entre em contato comigo e agende uma consultoria gratuita de 30 minutos. Assine a minha newsletter em português nesse link, conecte-se comigo pelo LinkedIn e saiba mais sobre os meus serviços de mentoria clicando aqui.

 

 

Mariana Carvalho

Mariana Carvalho

Ela é escritora, mentora de carreira e contribuidora do site Mulher na Bolsa.
Mariana foi premiada como uma das 30 Latino 30 Under 30 pela revista El Mundo Boston em 2022; nomeada Young Hispanic Corporate Achiever em 2021 pela Hispanic Association for Corporate Responsibility; finalista da premiação Globant Women that Build Edition 2022, na categoria Raising Star pelo seu trabalho e esforços em Diversidade, Equidade e Inclusão de grupos subrrepresentados, no Brasil e nos Estados Unidos.

É cofundadora da Brazilians in Tech, uma organização que promove a união e inclusão de mulheres em STEM.
Formada em Publicidade e Propaganda pela ESPM-SP, possui um MBA em Inteligência Competitiva pela ESPM-Rio e um Mestrado em Ciência da Computação pela Jackson State University, nos EUA.

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