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O que esperar do Ibovespa para esse início de ano?

 

Recapitulando um pouco o que aconteceu no ano passado, o Ibovespa, que vinha de 5 meses seguidos de queda, fechou o mês de dezembro em leve recuperação de 2.85%. Porém, pelo menos nessa primeira semana de janeiro, voltamos ao ritmo do segundo semestre de 2021. Já iniciamos essa primeira semana em queda de 2.01%. E por que isso está acontecendo? Na verdade, existem alguns fatores, mas os principais são as instabilidades nas economias mundiais.

 

Esses fatores externos, como a confirmação pelo Banco Central Americano que os dados de inflação nos EUA estão maiores que o previsto, consequentemente a perspectiva de alta de juros antes do previsto, lá nos EUA, tem um efeito sobre as empresas dependentes de crescimento e do custo de capital, como as de tecnologia. Fora isso, ainda temos os reflexos de Covid, cujo índice de transmissividade está ainda maior com as novas variantes e após as aglomerações depois das festas de final de ano.

 

 

Já economia brasileira também está passando por instabilidades. As questões locais refletiram negativamente principalmente nos 3 primeiros pregões do ano, com as incertezas sobre a atividade econômica, com a projeção do PIB para 0,28% ao final do ano, além da pauta fiscal, que deve causar grande volatilidade em todo 2022.

 

No final dessa primeira semana de pregão no ano, o IBOV teve dois dias de alta, mas não conseguiu recuperar a perda dos 3 primeiros dias. Os setores que mais contribuíram para esse ensaio de reversão de movimento foram os de commodities e financeiro. Esse cenário de incerteza afetou principalmente o setor de serviços e de utilidade pública.

 

 

O mercado deve seguir pisando em ovos com todo esse contexto externo e seguir uma tendência de maior aversão ao risco. E a economia brasileira, mundialmente falando, é sustentada pelas commodities. Nós somos um país exportador de matérias primas para o mundo. Somos um país que precisa que as principais economias mundiais estejam rodando bem. Porque aí eles demandam as nossas commodities, fazendo girar a roda da economia interna.

 

 

 

Ainda nesse cenário, é quase unanimidade dos especialistas que temos muitas empresas boas que compõem o índice brasileiro que estão muito baratas. Considerando que este ano ainda vamos ter muita volatilidade, seria interessante proteger o nosso capital com ativos de menor risco e ainda, aproveitar essa “liquidação” nos preços de muitas empresas boas.

Louise Leal

Louise Leal

Economista. Contribuidora do Blog Mulher na Bolsa

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