fbpx

Blog

Esse é um texto sobre os impactos da guerra nos seus investimentos… e sobre humanidade.

Quinta-feira, dia 24 de fevereiro de 2022, eu acordei um tanto desacreditada na humanidade. 

 

Veja bem, você como investidor, e eu, como profissional do mercado financeiro, temos a tendência de ler nas entrelinhas de todos os conflitos geopolíticos, políticos, e qualquer que seja o acontecimento ou fato que possa influenciar no mercado como um todo. Certo?

 

Confesso que, sendo assim, às vezes me encontro pensando o quão práticos e, por vezes, pouco empáticos podemos ser. Bom, falo por mim! Minha cabeça é acostumada e “treinada” a inicialmente, e rapidamente, pensar nas implicações econômicas que qualquer crise, fala, ou conflito causará no mercado.

 

Muito por isso, acho o “Mulher na Bolsa” uma iniciativa genial. Somos mulheres falando sobre investimentos, mas ainda assim somos… mulheres! Humanas, com nossos problemas e próprios dilemas. Escrever para vocês me traz uma paz danada. Sou um pouquinho mais humana, sabe?

 

Claro, esse é um texto sobre investimentos, então já vamos chegar lá!

 

Rússia x Ucrânia… ah, aquele dia 24 realmente me fez sentir que (infelizmente) qualquer coisa – e monstruosidade – é possível.

 

E esse (felizmente) foi o meu primeiro pensamento.

 

 

Quando falamos de um cenário de risco, os investidores tendem a recorrer a ativos considerados mais seguros, como os títulos do Tesouro dos EUA, o dólar e o ouro. Outro ponto é o aumento dos preços das commodities; dono do possível maior impacto indireto no mercado global. Também temos as companhias com exposição direta que sofrem influência… E claro, há sempre a dificuldade de identificar os setores e empresas que ficam mais vulneráveis em momentos como esse. A ideia aqui é te ajudar com cada um desses pontos.

 

Primeiro que é inteligente, sim, você apostar em ativos que servem como refúgio. Em um possível agravamento da crise – vejo isso principalmente se outras nações decidirem se envolver -, a tendência é a valorização do dólar, treasuries e ouro; e a desvalorização do euro, por exemplo.

 

Ainda, a Rússia é uma grande produtora e fornecedora de petróleo, gás e fertilizantes. E desde que o conflito teve seu início, já nos víamos preocupados com um choque de oferta.

 

Os maiores impactos estão relacionados a essa disparada nas cotações. Esse aumento também representa uma pressão de custo adicional para as companhias aéreas (lembrando que o segmento já está operando com baixos níveis de hedge de petróleo atualmente).

 

Dica: identifique se há empresas industriais no seu portfólio, dado que o aumento de matéria-prima traz pressão de custo e a capacidade de repasse varia de empresa para empresa.

 

A pressão contínua sobre os preços do petróleo também impactam as empresas de logística, já que a influência é sentida sobre o diesel.

 

De impactos diretos como um todo, em empresas na nossa Bolsa, temos poucos, além das principais de commodities. A Weg tem vendas na região e um escritório na Rússia, mas a relevância sobre o lucro líquido da companhia é muito pequena – em torno de 0,3% -. A Randon também vende produtos para a região, mas que representa 0,3% das vendas totais. Por fim, a Iochpe também comercializa nesse mercado, mas isso representa uma fração mínima das vendas consolidadas – fica abaixo de 1% -.

 

No geral, mantenha a calma, dê aquela respirada fundo, e acredite que tudo vai dar certo! A estratégia de agora, eu diria que não é novidade. O movimento que já vínhamos observando é: aumento das posições em empresas consolidadas – valor -, com foco principalmente nos bancos, e commodities para uma proteção de curto prazo referente a subida de juros pelo FED. Nada mudou. E agora não é o momento de sair comprando tudo o que você vê pela frente, como também não é o momento de abandonar loucamente suas posições.

 

Talvez também seja o cenário de reduzir – com calma e coerência – posição em Bolsa americana, deixar, como sempre, parte do capital alocado em renda fixa, e realizar um pequeno reequilíbrio de carteira aumentando a participação em ativos de proteção, como ouro e prata.

 

Hey, tudo vai dar certo!

 

Foco na carteira e, principalmente, foco em você!

 

Até logo.

 

 

Tayllis Zatti

Tayllis Zatti

É criadora de conteúdo e apaixonada pelo universo dos investimentos. Atualmente, é redatora e social media do Acionista e colunista do Blog Mulher na Bolsa.
Compartilha conteúdo financeiro e seus hobbies aleatórios no Instagram, de forma muito leve e criativa.

Compartilhe:

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email