Se você já investe ou está pensando em começar a investir o seu rico dinheiro, vou dar uma dica de ouro: você merece conhecer a história da Eufrásia!
Então, anota aí o nome do livro que toda mulher investidora precisa ler: Quero ser Eufrásia, escrito pela Mariana Ribeiro.
A pesquisa riquíssima da Mariana conta a trajetória da primeira brasileira investidora, que, em 1890, já operava nas principais Bolsas de Valores do mundo: Paris, Londres e Nova Iorque.
Como vocês podem imaginar, a atividade de investidora não era tão acessível como nos dias atuais, em que temos o privilégio de operar de onde estivermos.
Na época em que as mulheres não tinham permissão para votar, Eufrásia tornou-se financeiramente independente.
Para tanto, Eufrásia precisava recorrer aos serviços de um intermediário para realizar as negociações em Bolsa. Ela morava em Paris e lá, por exemplo, as mulheres só podiam ficar no segundo andar do prédio da Bolsa.
A comunicação era feita pelo telégrafo e continha preços dos ativos, ofertas, quantidades de compra ou venda, negócios executados. Guardadas as devidas proporções, o telégrafo era o home broker da época.
Vou dar um pequeno spoiler: achei curioso que, no Brasil, a Eufrásia tinha ações da Brahma e da Antártica. Trazendo pros dias atuais, ela teria ABEV3 na carteira. Hahaha Eufrásia era das minhas!
Mari também contou como foi o mergulho nos livros e manuscritos antigos para trazer com fidelidade os passos que Eufrásia percorreu. Literalmente, Mari adoeceu durante a busca pelo material e teve problemas de ordem respiratória. Mas, graças a Deus se recuperou e pôde concluir a pesquisa da obra.
A leitura é fundamental para nós, mulheres investidoras, pois precisamos conhecer a história da precursora da nossa atividade.
Além disso, a vida profissional dela possui um tom muito forte, pois Eufrásia ignorou todos os obstáculos, os preconceitos da sociedade e buscou os seus sonhos até alcançá-los. O que te impede de fazer o mesmo?
Eu também quero ser Eufrásia!
Brasília, 18 de junho de 2020.