Olá, pessoal! Na Carta da Economista #4, vamos falar um pouco sobre o que aconteceu na semana passada e o que esperar dessa primeira semana de dezembro.
Iniciamos analisando o desempenho do Índice Ibovespa (IBOV) que registrou um expressivo aumento de 12,54% no fechamento do mês de novembro. Em grande parte, os índices globais têm apresentado respostas positivas devido às expectativas de um melhor controle da inflação e à tendência de baixas ou estabilizações nas taxas de juros dos Bancos Centrais ao redor do mundo.
Ah, Louise! Perdi essa valorização, e agora?
Bem, não se preocupe, pois investir em renda variável demanda um pouco mais de paciência por parte do investidor. Assim como poderia ter subido 12% ao mês, também poderia ter caído.
Em resumo, a decisão entre entrar no mercado de renda variável, que teve uma valorização significativa em um mês, ou optar por um título do Tesouro com rendimento mais constante, vai depender do perfil de risco, metas financeiras e horizonte de investimento do investidor. Algumas estratégias podem envolver uma combinação de ambos para encontrar um equilíbrio adequado entre risco e retorno. Recomenda-se sempre buscar a orientação de um profissional financeiro ao tomar decisões de investimento. E falando em bons profissionais, só procurar a equipe da Mulher na Bolsa e da DNA Investimentos.
Na segunda-feira, a Presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, abordou a Comissão de Assuntos Econômicos e Monetários do Parlamento Europeu em Bruxelas, destacando desafios geopolíticos e climáticos. Ela discutiu a estagnação econômica na área do euro, a desaceleração da inflação e a resiliência do mercado de trabalho. Lagarde reiterou o compromisso do BCE com a estabilidade de preços, detalhando as decisões de política monetária e a previsão para o futuro. Além disso, enfatizou a importância da consideração das mudanças climáticas na política monetária, destacando os esforços do BCE para descarbonizar suas carteiras e apoiar a transição verde. Ela concluiu destacando a necessidade de fortalecer as economias diante das tensões geopolíticas e da crise climática.
Já na terça-feira tivemos a divulgação dados importantíssimos no Brasil. o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou um aumento de 0,33% em novembro, superando em 0,12 ponto percentual o resultado de outubro (0,21%). No acumulado do ano, o IPCA-15 apresenta uma alta de 4,30%, enquanto, em 12 meses, a elevação é de 4,84%, abaixo dos 5,05% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Dos nove grupos de produtos e serviços analisados, oito apresentaram alta em novembro, sendo Alimentação e Bebidas o de maior variação (0,82%). Destacam-se os aumentos nos preços de alimentos no domicílio, como cebola, batata-inglesa, arroz, frutas e carnes. Em Transportes, a passagem aérea teve um impacto significativo, registrando um aumento de 19,03%. No entanto, houve quedas nos preços dos combustíveis. No grupo Habitação, a energia elétrica residencial e a taxa de água e esgoto apresentaram aumentos, influenciados por reajustes em várias regiões. A variação regional mais expressiva ocorreu em Brasília, enquanto Salvador registrou o menor resultado, impulsionado pela redução nos preços da gasolina.
Agenda da próxima semana
Para essa próxima semana, o dado da vez é o Payroll dos Estados Unidos. E o que é isso e por que ele é tão importante para nós?
Nos Estados Unidos, “payroll” é basicamente o conjunto de gastos que uma empresa tem com seus funcionários. Isso inclui não apenas os salários que os funcionários recebem, mas também outras coisas, como os impostos que a empresa paga sobre esses salários, contribuições para programas de previdência e saúde, benefícios extras como plano de saúde, horas extras e bônus. O “payroll” é essencial para que as empresas compreendam o custo total de ter funcionários. Manter esse registro é uma obrigação importante para as empresas, pois erros podem levar a problemas legais.
Os dados de “payroll” são muito importantes para o mundo todo porque ajudam a entender como vai a economia de um país, como os Estados Unidos, no nosso exemplo. Isso é útil para prever o crescimento econômico, decidir sobre as taxas de juros e até mesmo para os investidores que querem saber onde colocar seu dinheiro. Se mais pessoas têm emprego e ganham bem, geralmente elas gastam mais, o que é bom para o crescimento da economia, porém pode pressionar ainda mais a inflação. Entender esses números é como olhar para um termômetro da saúde financeira de um lugar e pode afetar o mundo todo, porque muitos países estão interligados economicamente.
Além disso, a semana será recheada de vários outros indicadores ao redor do mundo, inclusive o IPC-Fipe no Brasil. Mas a nossa conversa por hoje já está ficando longa demais, então falaremos um pouco mais sobre eles pelo Instagram. Na próxima Carta da Economista traremos os efeitos desses dados na vida de vocês.
Até a próxima!
Louise Leal Cardoso
É apaixonada por esportes, documentários e viagens. Economista na DNA Investimentos e na Mulher na Bolsa.
É filiada ao Corecon-DF/7610, com mais de 17 anos de experiência no mercado financeiro. Possui especialização em Finance & Accounting pela University of La Verne, Califórnia, Estados Unidos e Master in Finance pelo ISCTE - Portugal.