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Carta da Economista, 17 de março de 2024

A Transformação do McDonald’s e o Papel da Tecnologia nas Empresas Modernas

 

Olá, pessoal! Bom final de semana!

 

Espero que esta carta os encontre bem e prontos para explorar um tema fascinante que tem sido objeto de muita discussão recentemente: a crescente influência da tecnologia nas empresas modernas. E, neste caso, falaremos da transformação do McDonald’s de uma empresa de fast-food para uma potência da tecnologia.

O McDonald’s, uma vez conhecido principalmente por seus hambúrgueres icônicos e batatas fritas deliciosas (que minha nutricionista não me veja falando isto), agora está no centro de uma revolução tecnológica que está redefinindo a maneira como os restaurantes operam e como os clientes interagem com eles. A introdução de aplicativos móveis, quiosques de autoatendimento e inteligência artificial está permitindo ao McDonald’s aumentar sua eficiência operacional, impulsionar as vendas e melhorar a experiência do cliente de maneiras nunca imaginadas.

Por exemplo, o aplicativo do McDonald’s para celular permite que os clientes façam pedidos personalizados, recebam ofertas exclusivas e até mesmo paguem por suas refeições com facilidade, tudo na palma da mão. Os quiosques de autoatendimento tornam o processo de pedir alimentos mais conveniente e rápido, reduzindo as filas e aumentando a satisfação do cliente. E a inteligência artificial está sendo usada para prever demandas, personalizar ofertas e otimizar operações, levando a uma maior eficiência e rentabilidade.

No entanto, como vimos recentemente, a dependência crescente da tecnologia também apresenta seus desafios. Interrupções no sistema do McDonald’s afetaram temporariamente as operações em alguns de seus maiores mercados globais, destacando a importância de uma infraestrutura de tecnologia robusta e de planos de contingência eficazes.

Essa tendência de empresas tradicionais se tornarem cada vez mais dependentes da tecnologia não é exclusiva do McDonald’s. Empresas em diversos setores, desde varejo até finanças, estão buscando ativamente maneiras de incorporar tecnologia em suas operações para ganhar vantagem competitiva, impulsionar o crescimento e atender às crescentes expectativas dos clientes.

Um exemplo notável é a Nvidia, uma empresa líder em tecnologia de processamento gráfico que está desempenhando um papel fundamental na revolução da inteligência artificial, realidade virtual e computação de alto desempenho. Seus produtos e soluções estão sendo amplamente adotados por empresas em todo o mundo para impulsionar a inovação, melhorar a eficiência e criar experiências de usuário excepcionais.

Recentemente, a Nvidia anunciou uma grande notícia para a Super Micro Computer (SMCI), cujas ações decolharam no último ano devido à crescente demanda por suas soluções de servidores modulares. Esses servidores estão sendo usados para montar as placas gráficas de inteligência artificial da Nvidia, impulsionando ainda mais o crescimento de ambas as empresas. A adoção de sistemas de refrigeração líquida pela Nvidia deverá impulsionar ainda mais a demanda por soluções de servidores líquidos da Super Micro Computer, contribuindo para seu crescimento contínuo.

Essa sinergia entre empresas como Nvidia e Super Micro Computer ilustra vividamente como a inovação tecnológica está impulsionando o crescimento em setores diversos, desde fast-food até tecnologia de servidores.

De olho na “Super Quarta-Feira”

 

Enquanto nos maravilhamos com as possibilidades emocionantes que a tecnologia oferece, é importante permanecer atentos aos eventos econômicos que moldam nosso mundo. Esta semana, em particular, estamos de olho na “Super Quarta”, que trará decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.

A “Super Quarta” está sendo aguardada com grande expectativa devido às decisões de política monetária que serão tomadas tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) já indicou a possibilidade de um corte de meio ponto percentual na taxa Selic, de 11,25% para 10,75% ao ano. Esse corte é esperado como uma medida para estimular a economia brasileira, reduzindo o custo do crédito e incentivando o consumo e os investimentos.

Nos Estados Unidos, o Federal Open Market Committee (FOMC) estará se reunindo para discutir a política monetária e é esperado que as fed funds, a taxa de juros de referência, sejam mantidas na faixa entre 5,25% e 5,50%. No entanto, os investidores estarão atentos às projeções econômicas apresentadas pelo FOMC, conhecidas como “dot-plots”, que podem fornecer indicações sobre as futuras mudanças nas taxas de juros.

A decisão do FOMC é particularmente relevante devido aos recentes dados econômicos contrastantes nos Estados Unidos. Enquanto alguns indicadores sugerem uma recuperação robusta da economia, outros apontam para sinais de desaceleração, o que tem gerado incerteza sobre a trajetória da política monetária. Essa incerteza tem sido exacerbada pela persistente inflação, que tem preocupado os investidores e levantado questões sobre se o Federal Reserve deveria adotar uma postura mais restritiva para conter as pressões inflacionárias.

Além das decisões de política monetária, a “Super Quarta” também será marcada por uma série de outros eventos econômicos importantes, tanto no cenário nacional quanto internacional. Na China, serão divulgados dados de vendas no varejo, produção industrial e taxa de desemprego, enquanto no Reino Unido haverá divulgação de dados de preços ao consumidor e balança comercial. Esses eventos podem oferecer insights adicionais sobre o estado da economia global e influenciar os mercados financeiros.

Em resumo, a “Super Quarta” promete ser um evento significativo para os mercados financeiros e para a economia global, com potencial para impactar as taxas de juros, os investimentos e as perspectivas econômicas em geral. Os investidores e observadores econômicos estarão atentos às decisões e aos comunicados dos bancos centrais e aos dados econômicos divulgados, em busca de pistas sobre o futuro da política monetária e da economia em geral.

 

Portanto, enquanto navegamos pelas águas da transformação digital e da inovação tecnológica, não podemos perder de vista as realidades econômicas que moldam nosso presente e nosso futuro.

 

 

Vamos juntos?

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Louise Leal Cardoso

É apaixonada por esportes, documentários e viagens. Economista sócia na Mulher na Bolsa e na DNA Investimentos. É filiada ao Corecon-DF/7610, com mais de 17 anos de experiência no mercado financeiro. Possui especialização em Finance & Accounting pela University of La Verne, Califórnia, Estados Unidos e cursa Master in Finance pelo ISCTE - Portugal.

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